Ninhos de aves (com ou sem ovos e ninhegos)

NINHOS DE JOÃO-DE-BARRO, QUERO-QUERO, CORUJAS E ESPÉCIES DE PÁSSAROS EM GERAL  (COM OU SEM OVOS E NINHEGOS)

As aves são animais vertebrados e se caracterizam pelos seguintes aspectos: possuem bico, seus corpos são cobertos por penaspossuem duas patas (bípedes), ossos e sacos pneumáticos (corpo leve), regulam a temperatura do corpo (homeotérmicas), seus filhotes nascem de ovos (ovíparos) [11].

Elas constroem seus ninhos para proporcionar a proteção dos ovos e dos filhotes contra os predadores e às adversidades do tempo (vento, chuva, sol). Os tipos de ninhos variam bastante: algumas aves depositam seus ovos diretamente no chão, outras dentro de cavidades pré-existentes (como tronco das árvores, cupinzeiros e ninhos de outras aves); a maioria das aves constroem seus próprios ninhos usando variadas fontes de  matéria-prima [12].

  • QUANDO E COMO INTERVIR NAS AVES E NINHOS 

Conforme a Lei de crimes ambientais nº 9.605/98 a destruição de ninhos, abrigos e criadouros naturais é considerado crime ambiental. Dessa forma, se o local for de grande circulação de pessoas, é ideal que posteriormente sejam tomadas medidas preventivas para evitar a construção do ninho, como fixação de telas nos vãos entre as telhas em edificações, fechamento dos locais por onde esses animais entram, entre outros.

Apenas no descanso reprodutivo da espécie é que se pode intervir nesses locais para remoção ou evitar a criação de novos ninhos, mas somente com a autorização do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e/ou IBAMA [6].

Essa autorização deve ser protocolada via CGA/ UFSC, nos encaminhando:

  • Local da ocorrência (endereço, prédio, sala);  
  • Última vez que a ave foi avistada; 
  • Se o ninho está vazio (verificar se não há aves no ninho, com cuidado conferir se não existem ovos abandonados, nunca mexer no ninho); 
  • Responsável pelo local.

Após isso, o IMA ou IBAMA analisa a situação e confere ou não autorização para a retirada do ninho.

 

  • FILHOTES DE AVES FORA DO NINHO

É importante manter os filhotes em seu habitat natural. O ideal é não interferir, para evitar estranhamento ou rejeição da cria. Se for possível, deve-se colocar o filhote no seu ninho com a utilização de luvas. Caso o ninho esteja danificado, é possível improvisar com uma caixa ou pote, colocar o filhote dentro e deixá-lo na árvore longe do alcance de predadores. Recomenda-se observar. Se os pais não voltarem em até duas horas, deve-se buscar ajuda de um especialista ou da Polícia Ambiental Militar [21].

Quando forem encontrados filhotes de espécies de rapina, como corujas e gaviões, importante que não ocorra contato com elas. Essas espécies podem serem agressivas. Nesse caso, deve-se comunicar a Polícia Militar Ambiental.

 

  • Como proceder em situações que envolvam estes animais:

 

1. O Animal está saudável ou aparentemente saudável em ambiente antropizado aberto (passeios, calçadas, passagens, ruas)?

Não deve se aproximar. Entrar em contato com a CGA para um técnico ir ao local verificar a situação.

2. O Animal está saudável ou aparentemente saudável em ambiente natural (área verde, córrego, mata ciliar) ou aparentemente natural aberto?

Não se aproximar e evitar contato com o animal.

3. O Animal está ferido, aparentemente ferido, com dificuldade de locomoção ou comportamento errático?

Não deve se aproximar. Entrar em contato com a CGA para um técnico ir ao local verificar a situação.

4. O Animal está morto?

 Evitar contato com os espécimes e entrar com conato com a Gestão de Resíduos da UFSC.

5. O Animal está preso em ambiente confinado (incluindo salas)?

Não deve se aproximar. Entrar em contato com a CGA para um técnico ir ao local verificar a situação encaminhar solicitação formal via SPA (CGA/ GR) indicando local, contato para agendamento de vistoria e anexando fotos.

  • Ocorrência com apenas ovos, clique aqui.

Referência:
https://ufscsustentavel.ufsc.br/manual-de-animais-da-ufsc/